
Este ser ambulante nada pelos canais
Transportando e transmitindo doenças mortais.
Passeia pelos esgotos da impunidade
Dividindo seu espaço com baratas e vermes
Deparando-se também que compete com outros de sua espécie.
Espalha medo pelas ruas e nojo pelas casas
Usando as bactérias de sua urina para infectar a civilização.
Vive na merda, à procura de uma única solução
Alimentando-se de lixo e carniça
Acho até a vida dele com a nossa parecida
Mas quando este mamífero roedor
É capturado por seu caçador,
Ratoeira mutiladora, espatifando-o em partes bruscamente
Sua carne podre se infesta rapidamente.
Nomeado rato, guabiru, catita, ratazana
Recebe vários nomes
Mas é tanta repugnância, que poderia muito bem
Chamar-se homem.
Poesia extraída do livro "O Louco e o Amante" de Carlos Eduardo Mélo, Editora Bagaço - Recife, 2002, pág. 94.
Hoje é cada vez mais possível comparar o homem ao pobre rato, mesmo o ser humano sendo a imagem do racional e plenamente responsável por seus atos. Diferente desses roedores, o homem chegou a um estágio tão limitante de evolução que começou a regredir. Sinto em dizer, mas, às vezes, encontro mais dignidade nestes pequenos seres que em nós mesmos.
2 comentários:
"Você sabe explicar,
Você sabe entender tudo bem,
Você ESTÁ,
Você FAZ,
Você É,
Você QUER,
Você TEM.."
Peço ajuda a essa canção para retratar bem o que tenho a dizer.
Sinto-me orgulhosa pelo o que você faz e vem fazendo.Muita sorte(não precisarás de tanta)nessa nova vida!Precisando ou não,estarei sempre aqui.
Te amo,
Jú!
Obrigado por tudo, tudo mesmo.
Também te amo!!
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