Há tempos sem vir aqui e talvez nem me reconheça
Dentro de meus próprios olhos, as pupilas dilatadas,
Enxergando a escuridão desta cegueira interna.
Dificilmente reencontrarei o viés deste meu antigo lar.
Tateio a pele alva como quem desenha a incerteza
E nem a mais vaga lembrança me abraça.
Intruso em minha vã melancolia, acabo arrancado da cama.
Embora sentisse o peso dos pés no chão,
Eu flutuava para bem longe dali.
Desprendia-me em gotas salgadas a verter da noite
E eu me ia mesmo querendo ficar.
Cada palavra encravada me doía de tanta agonia
Da saudade que sempre me era bem-vinda
E da repulsa que ainda me expulsa como sangue ralo em carne viva.
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Sabe, até pensei ter desaprendido como se escreve poesia. Mas descobri que não foi bem assim: as palavras sempre estiveram ao meu lado, fui eu quem havia as deixado de lado. Voltamos! Agora mais unidos do que nunca.
Um comentário:
opaaa, tb estou de volta por aqui!
cada vez tu fica mais fera nessas redes sociais! parabéns pela poesia!
é claro que o dom não desaparece assi, tão rápido!
te amo mt!
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