(Silêncio) É agora. Pronto, acabou.
A luta contra o invencível tempo termina aqui.
Não há tempo para perdões ou adeus, não para mim.
E agora? Hora de ir.
Uma frente fria me abraça desde os pés,
Sinto como se fosse sugado para fora. Flutuo.
É tudo tão leve e indolor, sequer resisto.
Minha essência escorre por entre os dedos, que deixam de ser meus,
Dá até para sentir o paladar da liberdade no ar.
Estes braços invisíveis me carregam sem esforço
E já não vejo mais perigo, estou protegido.
Fecho os olhos, relaxo e me deixo partir. Fugir.
Torno-me, então, uma folha desgarrada,
Que se liberta de seu peito para viajar ao vento.
Logo, enterro comigo o tanto de vida que me sobrou
Pois, para mim, o tempo não apenas acabou:
Recomeçou.
A luta contra o invencível tempo termina aqui.
Não há tempo para perdões ou adeus, não para mim.
E agora? Hora de ir.
Uma frente fria me abraça desde os pés,
Sinto como se fosse sugado para fora. Flutuo.
É tudo tão leve e indolor, sequer resisto.
Minha essência escorre por entre os dedos, que deixam de ser meus,
Dá até para sentir o paladar da liberdade no ar.
Estes braços invisíveis me carregam sem esforço
E já não vejo mais perigo, estou protegido.
Fecho os olhos, relaxo e me deixo partir. Fugir.
Torno-me, então, uma folha desgarrada,
Que se liberta de seu peito para viajar ao vento.
Logo, enterro comigo o tanto de vida que me sobrou
Pois, para mim, o tempo não apenas acabou:
Recomeçou.
Recife, SETEMBRO de 2008
Em memória ao meu avô, Expedito Medeiros.
Em memória ao meu avô, Expedito Medeiros.
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