Deixe-me chorar, mas só desta vez.
Entenda essa mágoa emperrada na garganta
Asfixiando minha esperança de acordar de tudo isso.
Permita-me respirar um pouco, preciso.
Deixe-me ser fraco, prometo ser só desta vez.
É que me parte o coração acreditar que acabou.
Assim, simplesmente, e que eu tenho que aceitar.
Todavia, eu não quero nem vou.
Prefiro alimentar minha insensatez e adormecer longas horas,
Pois sei como te encontrar, na realidade que me convir.
Por isso, só agora, deixe-me cá com meus prantos
Deixe-me aqui tomando fôlego,
Logo mais, prometo sorrir, desta vez não dá.
É inexplicável, é como se tudo dentro de mim evaporasse.
Ah, se eu pudesse... mas não posso,
Não tenho forças nem, tão pouco, poderes.
Hoje sei e entendo bem o porquê
De nunca antes teres soltado minha mão.
Já que neste imenso segundo de frouxidão
Em que teus dedos escorregaram por entre os meus
E, só desta vez, desta única vez, sozinho
Fiquei sem quem me guiasse pelo caminho.
Junho, 2008
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Às vezes, não sei o que dizer. E posso garantir que esta é uma delas...
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