Fecham-se os olhos para o beijo,
Calam-se bocas num desejo.
Enroscam-se línguas, diluem-se sabores
Transitam-se sonhos, ofegam-se olores.
Os lábios se atritam, lambuzam, se beijam.
O corpo imóvel, cabeças cruzadas amadas, se mexam.
Tudo deixa de existir no momento ao redor
É quando as pessoas sinceras se beijam
Fundindo-se almas num corpo só.
Poesia extraída do livro "O Louco e o Amante" de Carlos Eduardo Mélo, Editora Bagaço - Recife, 2002, pág. 14
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Certo dia, Juliana Peixoto me perguntou:
- Por que nos beijamos, assim, homem e mulher? Por que essa necessidade?
Sabe, acredito que seja um magnetismo carnal que há naqueles que se amam (mesmo nos que ainda nem sabem disso). Uma atração que dá água na boca... Lábios ansiosos por lábios. Bocas.
3 comentários:
Ainda penso muito sobre esse questionamento..enfim,só sei que a sensação é mais que maravilhosa..E minha boca só procura a tua.
Meu eterno amante, te amo!
Exprimo o que achei de sua poesia com uma palavra nada poética, porem eclética: Fuderosa!
obrigado, Breno. Espero ter que comentar mais obras suas.
abraço
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