Erguendo-me do desassossego de minha tepidez
A morena etérea delineia sua valsa benigna
Rangendo a fusão de ecos na surdina
Como um turbilhão ressoando timidez.
Nascida no Monte Olimpo, morango fruta
Politoneia árias de sutileza pretensiosa
Que me nutrem das constelações lustrosas
Onde engulo as vozes do cântico que me cura.
Descubro-me de minha mortalha putrescível
Para me cobrir com seu véu impreterível
Aveludada a ouro na Mauricéia.
Calo gritos do crescente furor
Com um pressago soneto de amor
Que exorciza minha extasiada epopéia.
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Poesia extraída do livro "O Louco e o Amante" de Carlos Eduardo Mélo, Editora Bagaço - Recife, 2002, pág. 43
6 comentários:
ah,se eu fosse essa morena..
Vc é muito mais...
Carlos vc me deixou sem palavras, ...obrigada por colocar o blog no seu link e
irei colocar o seu no meu link...bjs
sandra
Lindo!
isso me lembra aqueles poemas do drummond... bem lirico e romantico, c um poquiinho de malicia.
muito bom
beeijo
Um soneto com um pé na grécia... poiesis(?). Uma pela sintonia entre rítimo e inspiração (e sem remendo, creio eu).
¡Adiós!
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