Nestas elegias atrozes me anulo
À beira da autodestruição.
Recôndito, no suicídio do meu túmulo
Arquejo tácito a própria exaustão.
Cresce devastante a melancolia
Como metástases anômalas
Apodrecem iludidas na agonia
Da obscuridade das sombras.
Corre presa, ofusca luzernas
Intrínseca dos açoites
Escondida em cavernas.
Persegue-me as noites
Epidemias internas
Durante secos afrontes.
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Poesia extraída do livro "O Louco e o Amante" de Carlos Eduardo Mélo, Editora Bagaço - Recife, 2002, pág. 65
3 comentários:
Muito obrigada pelo comentário...
Deixo aqui a minha admiração por você, por tudo o que você escreve e que sempre tem a capacidade de tocar nos sentimentos mais profundos e escondidos.
Os melhores poetas sempre fazem isso!
Beijos
Se garante huhuhu.
Abraço.
Um pedido de atualização de blog vindo de uma paulista! rs...
Beijo
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