Preciso me esconder aqui,
Corro do mundo, fujo de mim.
Tanto caos me apavora,
Sinto vontade de chorar.
Faz frio.
Rodo a chave e então
Fico à prova de tudo ou quase tudo.
Passo horas trancado
Esperando não sei o quê.
Talvez seja na ilusão insensata
De deixar o tempo passar mais rápido.
Aqui, posso andar sem essa máscara nociva
E chorar baixinho.
Meu espaço, onde não preciso falar nada;
Onde não podem me tocar nem me ferir;
Onde tudo é tão menos exigente
E não preciso de armaduras ou coragem.
Bem aqui. Onde tudo é tão meu.
Mesmo assim, ainda sinto medo
Fico tão vulnerável, tão preso,
Que às vezes apago a luz, encolho-me na cama,
Fecho os olhos e me torno invisível,
Mas também triste, sozinho, esquecido.
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Poesia extraída do livro "Além da Estrada" de Carlos Eduardo Mélo, Editora Bagaço - Recife, 2007, pág. 110
5 comentários:
nossa essa poesia toca bem lá no fundo, o que muitas pessoas sentem ultimamente, né
bjs
Amor
Ei cadoquível, te indiquei um selo (pela qualidade) para seu blog, no meu blog...passa lá para pegar, e vê as regras.
isso é uma promoção, tá ligado...ai se tu quiser participar tu ganha uma charge ou coisa do tipo, no meu site tem explicando melhor...mas vale mais pela lembrança e pela qualidade, blz..
Por sinal, massa o texto...tá inspirado em bonitão !!!
Muito bom!!!
Realmente em algum momento da vida,queremos nos esconder de nós mesmos.
Irei conferir outras postagens,gostei do espaço aqui!
Abraço!
http://oitentando.blogspot.com/
não há título melhor para a poesia.
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