Dedico este Blog a minha maior inspiração, Juliana Peixoto.

sexta-feira, 6 de março de 2009

ESPELHO II


Ó, face que se diz ser minha,

Tanta miséria disfarçada há em teus sorrisos.

Dá-me até um certo medo de dar de cara com o espelho.

Escondo-me atrás desta máscara sensível.

(Ou seria "insensível"?) Procuro-me por toda ela,

Olho mais de perto, forço um pouco a vista,

Contudo, sequer encontro minhas olheiras.

Este tecido de carne é capaz de omitir as feridas,

Engolir cada lágrima e sepultar toda dor.

Ele é feliz quando estou triste e

Ele ri quando preciso chorar.

Queria um dia poder enxergar além do espelho,

Sem este rosto que tem vergonha de si mesmo,

Só para ver como sou realmente.

2 comentários:

Anônimo disse...

te amo tanto.

Breno Peres disse...

Ninguem sabe o que se é.
Isso faz o prazer ou a dor de viver.

A face amarga ora se esconde, ora se mosta. Não sei quando sou ele, ou quando ele sou eu.

Forte abraço.