Ó, face que se diz ser minha,
Tanta miséria disfarçada há em teus sorrisos.
Dá-me até um certo medo de dar de cara com o espelho.
Escondo-me atrás desta máscara sensível.
(Ou seria "insensível"?) Procuro-me por toda ela,
Olho mais de perto, forço um pouco a vista,
Contudo, sequer encontro minhas olheiras.
Este tecido de carne é capaz de omitir as feridas,
Engolir cada lágrima e sepultar toda dor.
Ele é feliz quando estou triste e
Ele ri quando preciso chorar.
Queria um dia poder enxergar além do espelho,
Sem este rosto que tem vergonha de si mesmo,
Só para ver como sou realmente.
2 comentários:
te amo tanto.
Ninguem sabe o que se é.
Isso faz o prazer ou a dor de viver.
A face amarga ora se esconde, ora se mosta. Não sei quando sou ele, ou quando ele sou eu.
Forte abraço.
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