A onda se derrama na praia em tênue e salgada espuma
Trazendo, num chiar atlântico, a esperança.
A areia bebe da água e dos sonhos esquecidos ali,
Desfazendo seus tantos castelos sem sentir.
Os pés descalços recebem o beijo frio e molhado,
O vento me sussurra no ouvido, com sua voz de verão,
Palavras sufocadas e sem forças para supor.
Minha alma avança no vento oceano adentro
E dobra na primeira esquina em alto-mar.
Os pés ancorados na areia esperam alguma resposta,
Pois já ninguém sabe me dizer o quanto vale amar,
Se as mãos não tocam nem a boca beija, e os olhos,
Estes só vêem além-mar, cruzando o horizonte
Numa saudade à deriva, divagando no tempo.
Peço a Deus para a onda me trazer de volta o amor,
Que, incansável, vem e vai lá no alto-mar te procurar,
Todavia acanhada por chegar vazia até mim,
Ela prende a respiração e mergulha de volta no mar.
6 comentários:
eu pedia a Deus pra onda me trazer de volta o amor..
te amo muito :)
Ei. Decidi apagar meu blog. Esse lance de poesia é pra quem sabe.
Assim que nem você huhuhuhu.
Abraço, meu querido.
Ei malandro, bem legal...
agora o título já existe pô. Existe um poema de Manuel Bandeira (que você deve conhecer) chamado "A Onda"...Mas eu acho que pode num é ? Então fica só o toque..no mais massa mesmo..parabéns..
Como sempre lindíssima poesia de amor infindável...obrigada
sandra...amor
Moacir... tem bronca n. Os títulos são livres.
Valeu.
Abraço
Postar um comentário